Vamos projetar cenários, traçar caminhos.
“O tempo, como o mundo, tem dois hemisférios: um
superior e visível, que é o passado, outro inferior e
invisível, que é o futuro. No meio de um e outro
hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes
instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se
termina e o futuro começa” (Padre António Vieira,
História do Futuro, 1718)
superior e visível, que é o passado, outro inferior e
invisível, que é o futuro. No meio de um e outro
hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes
instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se
termina e o futuro começa” (Padre António Vieira,
História do Futuro, 1718)
Duas questões para começar a visionar a educação nos próximos 10 anos.
1- Como avalia a inserção de tecnologias digitais na educação?
2. Como deverão ser os conteúdos educacionais no futuro?
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Nota: Vejam AQUI estas infografias sobre projeções da escola em 2030
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A breve trecho o ensino/aprendizagem será cada vez mais centrado no aluno e nas suas potencialidades, portanto o uso e a aplicação das tecnologias da informação em contexto de sala de aula serão imprescindíveis e inevitáveis. Os conteúdos passarão a ser apreendidos ao ritmo de cada aluno partindo do uso das ferramentas informáticas. Como evidenciam as infografias aqui mencionadas, o professor será apenas "um guia", o seu papel será orientar o aluno que em tempo real ( on-line), pelo recurso às TIC consolida os seus conhecimentos. Cada vez mais, o uso do manual escolar e entrará em desuso.
ResponderEliminarOs professores devem ser dotados de novas competências para acompanhar as transformações no ensino. As tecnologias digitais são, e continuarão a ser, um instrumento importante para o processo de ensino-aprendizagem. Deve-se, desde já, repensar a escola com novos espaços de aprendizagem, onde o uso da tecnologia torne possível ao aluno criar, questionar e aprender.
ResponderEliminarO uso de tecnologias desenvolve formas diferenciadas de busca de informações, permite ao professor desenvolver metodologias diferenciadas e mais motivadoras, para além de atividades mais dinâmicas, criativas e interativas, adequando-se à linguagem dos alunos.
Analisando as infografias sobre projeções da escola em 2030, pode-se concluir que, no futuro, a principal fonte de conhecimento serão os conteúdos online e mais importante do que a aquisição de conhecimento académico, será o desenvolvimento de competências individuais, mais práticas, que permitirão preparar os alunos para o mercado de trabalho. O papel do professor vai mudar para orientar os alunos nos seus percursos de aprendizagem autónomos. Os conteúdos curriculares deverão ser personalizados para atender às necessidades de cada aluno.
A educação nas escolas tem que abraçar de forma inteligente o que de relevante acontece na sociedade, sob pena de se tornar obsoleta.
ResponderEliminarA evolução tecnológica galopante a que assistimos deve ter reflexos no ensino. Não sendo possível antecipar as novidades, é importante acompanhá-las e utilizá-las sempre que constituam mais-valias.
Perspetivando uma aprendizagem cada vez mais centrada no aluno, capaz de responder à diversidade e que se desenvolve ao longo da vida, ao docente é solicitado um papel diferente. Mais do que um mero transmissor de conhecimentos, deve assumir a função de guia, de mentor, capaz de promover o desenvolvimento de competências que permitam aos discentes encarar com segurança os desafios que se lhes apresentem.
Neste contexto, a versatilidade da tecnologia já existente, e futura, aliada à facilidade de acesso e utilização, em qualquer momento e situação, será determinante nas mudanças exigidas.
Usando diferentes programas e aplicações, poder-se-ão produzir e distribuir com rapidez e qualidade, conteúdos ajustados às diferentes realidades e interesses da turma, motivadores da aprendizagem e da autonomia, libertando-se, assim, o docente para um acompanhamento e orientação mais individualizados.
Importa, no entanto, dotar, o quanto antes, os professores de informação e formação nesta área, porque o “futuro já começou”.
Quando (há já alguns dias, ☹!) iniciei esta tarefa, lembrei-me de um filme com Isaac Asimov em que ele previa o surgimento de redes de informação e o impacto que a internet viria a ter na aprendizagem. Era, de facto um visionário e aqui não se trata de ficção científica. A maior parte das coisas que ele fala acabaram por acontecer mudando radicalmente a forma como acedemos à informação, ao conhecimento e o impacto que aconteceu nas nossas vidas. Curiosamente, na minha opinião, a “Escola” foi das instituições e das realidades que menos mudaram, não acompanhando, em muitas coisas, a evolução que a tecnologia e a sociedade tiveram. As mudanças que continuam a surgir e as que, por certo, se vão acelerar nos próximos anos, levantam-nos questões e desafios que são muito importantes para nós enquanto professores ou, no meu caso, responsável por uma Biblioteca.
ResponderEliminarA infografia lança algumas pistas interessantes, curiosamente algumas afloradas por Asimov há quase 30 anos. Algumas tendências já se vem registando, nomeadamente o facto de, cada vez mais, as fontes de informação e conhecimento se encontrarem fora das instituições escolares, de o papel dos professores, como tem sido entendido, estar posto em causa, de os processos de avaliação mudarem e de se valorizarem, cada vez mais, os processos de formação ao longo da vida. Também está a mudar, e mudará cada vez mais, o perfil de competências que é requerido sendo necessário desenvolver um leque mais alargado em que as competências tecnológicas são fundamentais, em que o domínio de línguas é indispensável (sobretudo o inglês), em que competências pessoais como a versatilidade, a resiliência e a capacidade de adaptação são fundamentais. Há também grandes desafios no que se refere ao acesso à informação com tendências que se confrontam (por exemplo o livre acesso, o creative commons mas também os acessos pagos).
Em todo o caso penso que poderemos esperar grandes mudanças nos próximos anos e temos ( a Escola tem) de estar preparados para os enfrentar. A aposta na inovação, na formação e nas literacias de informação parece-me um caminho inquestionável.
A escola do futuro passa por uma pedagogia diferenciada, por uma reorganização da sala de aula. A resposta centrada no professor, num ambiente estático não se enquadra nas mudanças que a introdução das tecnologias móveis exige.
ResponderEliminarO professor mais do que transmissor de conteúdos, deverá ter um papel inovador, mentor, orientador do processo de ensino e aprendizagem. Professor e alunos terão cada vez mais ferramentas disponíveis para integrarem no processo de ensino e aprendizagem permitindo um maior envolvimento dos alunos, aumento da motivação, promoção de aprendizagem colaborativa e reforço do professor como mediador do processo.
É necessário dotar os docentes de formação para que cada vez mais a integração de tecnologias móveis nas práticas educativas seja uma realidade.
Ao refletir sobre o futuro da Educação e da Escola (num médio prazo de 15 anos) sou de opinião que, inequivocamente, a utilização de tecnologias digitais será uma realidade disseminada pelas instituições escolares, pelos professores e pelos alunos. É uma inevitabilidade. A Escola e os professores não podem, já neste tempo presente, manter uma atitude de negação em relação às ferramentas digitais porque elas têm elevados potenciais educativos e, em algumas delas sem grandes custos para as escolas – por exemplo os telemóveis e muitas das suas aplicações – que os alunos possuem, dominam e estão muito motivados para as usar.
ResponderEliminarTodavia, nos dias de hoje vivemos uma situação paradoxal, uma vez que constitui uma prioridade do sistema de ensino que os alunos adquiram autonomia para actuar numa sociedade em constante mudança, porém o funcionamento da maioria das nossas escolas ainda é o oposto disso. Para integrar as tecnologias nos currículos escolares e nos projetos pedagógicos é preciso que a tecnologia esteja disponível na sala de aula, à disposição dos alunos, dos professores e de todos os elementos da comunidade educativa, no momento em que é necessária. Por outro lado, a mudança e a integração da tecnologia nos currículos implica que essas ferramentas passem a fazer parte das práticas educativas continuamente e a longo prazo. Por isso, o papel dos professores é fundamental e é necessário que eles acreditem que a integração das tecnologias é uma mais valia para as aprendizagens dos alunos e que são capazes de as implementar com sucesso.
Acredito que o impacto das tecnologias na educação será muito mais significativo no futuro e que compete aos professores fazerem as adequações pedagógicas, potenciando aprendizagens inovadoras, obrigatoriamente centradas no aluno, interativas, colaborativas e cada vez mais gerais. Como evidencia uma das infografias propostas, o termo “sala de aula” não se refere ao espaço de aula tradicional mas a um qualquer lugar onde as aprendizagens acontecerão, incluindo a casa do aluno e muitos outros locais fora do perímetro escolar. E, assim sendo, as fontes de conhecimento serão cada vez mais diversificadas, além da escola e dos professores - que já perderam esse monopólio e o seu papel será guiar e orientar as aprendizagens dos alunos -, os conteúdos online, os ambientes social e pessoal, os locais de trabalho, as instituições culturais. Naturalmente, que as mudanças serão mais amplas e abarcarão, como referem as infografias, as capacidades e destrezas dos alunos, as modalidades de avaliação, a conceção de aprendizagem em todas as idades, as opções ao nível dos conteúdos curriculares, entre outros aspetos.
Em jeito de conclusão, teremos (sociedade em geral) de começar a construir um novo “paradigma” educacional. Equacionemos apenas este cenário (penso que facilmente concretizável!): quando todos os alunos tiverem internet no seu telemóvel poderão com facilidade estar conetados com os seus colegas, os seus professores, os outros elementos da comunidade educativa e os currículos, sem precisarem de estar na sala de aula e mesmo na escola. A “utopia” passa pela criação de uma comunidade escolar móvel, virtual, gratuita, fácil e universal.
Neste momento a inserção das tecnologias digitais na educação é já um facto e nem docentes, nem alunos, nem pais, estranham que as aulas e os estudos possam ser assegurados por este tipo de tecnologias. No fundo trata-se de transportar para a escola aquilo a que já se recorre muito frequentemente e de acessibilidade imediata em casa, não só em contexto isolado, como também partilhando em tempo real com os colegas.
ResponderEliminarNo futuro os conteúdos educacionais terão que acompanhar sempre e vertiginosamente os canais de comunicação usados por todos os agentes envolvidos, adaptando-se em estrutura e forma de apresentação às aplicações mais usadas e preferidas por todos. A memorização ainda é fundamental mas o acesso fácil e diferenciado a toda a informação permite trabalhar mais conteúdos novos e quase simultaneamente verificar em contexto de sala de aula se estão a ser bem interiorizados e consequentemente bem aplicados.